sexta-feira, 27 de fevereiro de 2009

O que é Literatura, afinal? (1)




"Dar nome às coisas. Escrever é dar nome às coisas. Ele não pode dizer: dar nome as coisas tais como elas são - porque as coisas não são nada até que digamos o que elas são".

Cristovão Tezza - O filho eterno

No final do ano passado comprei O filho eterno (Ed. Record, 2007), do escritor catarinense, radicado no Paraná, Cristovão Tezza. Resolvi lê-lo agora, aproveitando o feriado. O livro recebeu importantes prêmios literários brasileiros em 2008 - Jabuti e APCA, por exemplo - e chamou a atenção de muita gente, sendo, inclusive, bastante comentado na imprensa.

Na blogosfera, Milena, do ótimo Nenhum Lugar, gosta da "ironia afiada" do escritor, e diz que "seus golpes certeiros na nossa suposta arrogância de superpotências me fazem rir e pensar um bocado" . Por meu turno, também tenho uma ou duas observações sobre este livro de Tezza; entretanto, se me for permitido, antes quero dizer algo a respeito de concepções do que seja literatura.

Quem era leitor do meu antigo blog sabe que, na maioria das vezes, escrevo a palavra literatura com "L" maiúsculo, o que pode parecer um ato arrogante e elitista (ou, na melhor das hipóteses, apenas fora de moda), dando a entender que existem "literaturas" e literaturas, e é preciso separar o joio (e que diabos é joio?) do trigo. Não é bem isso.

Além, obviamente, de uma manifestação artística, a Literatura é também um área de estudos formalizada, com suas particularidades e terminologia própria, além de uma disciplina escolar, às vezes bem, noutras malsucedida em seus objetivos. Ao optar pela inicial em maiúsculo, quero somente representar todas essas acepções, que, aliás, não esgotam os sentidos do termo literatura.

E por ser um discurso proteiforme, a expressão literária engendra os mais variados modos de narrar, modos de dizer. E por ser um campo no qual as preferências individuais - as escolhas - orientam, ocasionalmente, a trajetória de cada leitor, este desloca-se por determinadas construções ficcionais. Em certos momentos, inclino-me mais para os livros com alto grau de fabulação - entendida aqui como um certo distanciamento de uma realidade histórica e social circunscrita e imediata - e que conseguem fazê-lo graças a recorrência constante à imaginação do escritor. Reconheço, contudo, que toda narrativa ficcional, até mesmo na condição de alegoria, tem um lastro na vida concreta.

O livro de Cristovão Tezza, entretanto, não faz parte desse conjunto de narrativas que acabei de mencionar. Sem ser uma autobiografia, não no sentido estrito pelo menos, parte de experiências vivenciadas diretamente pelo autor. Mas o narrador de O filho eterno manifesta a consciência do quanto é difícil transformar uma situação privada em matéria literária:

"Escrevendo, pode descobrir alguma coisa, mas sem confundir - isso o escritor percebeu logo - a vida e a escrita, entidades diferentes que devem manter uma relação respeitosa e não muito íntima. Só sou interessante se me transformo em escrita, o que me destrói, sem deixar rastro, ele imagina, sorrindo, antevendo algum crime perfeito".


segunda-feira, 16 de fevereiro de 2009

Dinheiro (2)



Acordei com a cabeça estourando. Ressaca. Das brabas. Ligo o aparelho de som, as caixas voltadas para a porta do banheiro, onde entro debaixo da água fria (qualquer dia desses dou minha receita de terapia musical para curar males provocados por excesso de bebida). Money Changes Everything, berrada pela voz estridente de Cyndi Lauper. Meu lado ultrapop está em alta ultimamente; comprei até um Greatest Hits do Billy Idol!

A canção - e não pergunte o porquê da associação - me remete aos Irmãos Karamazov*, livro que mencionei na postagem anterior. Eu citara a cena em que Dimitri Karamazov tenta obter 3.000 rublos com a Sra. Khokhlakhova, sem sucesso. Esse dinheiro serviria para que Dimitri pagasse uma dívida que tinha com a ex-noiva, Katarina Ivanovna.

Em alguns romances de Dostoiévski - como, por exemplo, Humilhados e Ofendidos ou Crime e Castigo - sempre me impressionou o grande número de referências feitas a quantias precisas de dinheiro, copeques e rublos citados frequentemente nos diálogos e nas palavras dos diversos narradores. Penso que isso não acontecia à toa.

Sabe-se que o escritor russo passou por grandes dificuldades financeiras durante quase toda a sua vida, chegando a mudar-se do próprio país para escapar dos credores. Dostoiévski, do mesmo modo que Balzac (e Graciliano Ramos, no Brasil), trouxe o dinheiro - esse elemento que já foi considerado incompatível com a "grandeza" e a "pureza" da arte literária - para dentro de seus livros, dando mais consistência e força a suas personagens.

É evidente que um livro como os Irmãos Karamazov é muito mais do que uma obra que tem como um de seus temas o dinheiro. A escrita do romancista é de uma profundidade filosófica poucas vezes vista. De acordo com Bóris Schnaiderman**,

"Dostoiévski é o escritor-filósofo por excelência. A grande força de sua obra consiste em ter dado intensidade dramática e ficcional a ideias. Em seus livros, elas deixam de ser abstratas e passam a ser algo vivo, carnal, de presença imediata. Trouxe, assim, uma grande contribuição à filosofia, o que é um caso singular na literatura. Exerceu influência sobretudo sobre Nietzsche e os existencialistas."


Mas, ainda assim, o dinheiro (e aquilo que ele proporciona) é parte central da trama, a ponto dos citados 3.000 rublos ocuparem boa parte da narrativa, sendo inclusive a possível motivação para o crime que marca o romance.

Permita-me uma digressão: é bastante comum que as pessoas evitem falar de dinheiro, alegando, hipocritamente, que isso é "deselegante" ou que denota "falta de educação". Como mal tenho onde cair morto, falo de dinheiro sempre que posso, sem nenhum constrangimento. Digo mais: sem ele, a vida em sociedade é simplesmente insuportável; há pouquíssimas possibilidades de vivenciar experiências felizes sem esse recurso. Como escreveu Millôr Fernandes***,

"O dinheiro é tudo. Ele é a fonte de todo o bem. Faz dentes mais claros, olho mais azul, amplia a dignidade individual, aumenta a popularidade, produz amor e paz espiritual e, quando tudo falha, paga o psicanalista."


Dostoiévski, é óbvio, se vivo fosse, não ouviria a Cyndi Lauper e execraria, caso lesse, a redução forçada de sua obra que empreendi nessa postagem. Mas acredito que ele, apesar de sua religiosidade intensa, não hesitaria em concordar que "money changes everything".

Acho que a bebedeira de ontem ainda não passou....

___________
* DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os Irmãos Karamazov (trad. Natália Nunes e Oscar Mendes). São Paulo: Abril Cultural, 1970 (Coleção Os imortais da literatura universal)

** Entrevista dada a José Geraldo Couto e publicada na Folha de S. Paulo (Caderno Mais!), 6 mai. 2001

*** FERNANDES, Millôr. Millôr definitivo: a bíblia do caos. Porto Alegre: L & PM, 2002

terça-feira, 10 de fevereiro de 2009

Dinheiro (1)

Pedir dinheiro está, sem dúvida alguma, entre os atos mais desagradáveis e vexatórios que existem. Tal situação só não se torna mais humilhante se dispomos da cara-de-pau, por exemplo, de um Custódio, personagem do conto O empréstimo*, de Machado de Assis. "Esse Custódio nascera com a vocação da riqueza, sem a vocação do trabalho", informa-nos o narrador. O clima é de humor, mas não deixa de causar certo desconforto em quem lê a progressiva redução no valor do empréstimo - que implica a diminuição moral da personagem - até chegar a uma quantia ínfima. Insistente, de posse pelo menos do "jantar certo", Custódio, ao final da história, "apertava amorosamente os cinco mil-réis, resíduo de uma grande ambição, que ainda há pouco saíra contra o sol, num ímpeto de águia, e ora batia modestamente as asas de frango rasteiro."

Acaba sendo também engraçada - apesar de desesperadora - a cena em que Dimitri Karamazov suplica 3.000 rublos à Sra. Khokhlakova, para restituí-los à sua ex-noiva, e assim recuperar parte de sua honra. Sem poder verbalizar adequadamente seu pedido, já que era interrompido a todo instante pela tagarelice da mulher, o mais velho d'Os Irmãos Karamazov** recebe o despropositado conselho para ir trabalhar nas minas de ouro da Sibéria. Dostoiévski conduz a cena contrapondo, por meio do diálogo, a intensa agonia de Dimitri à cômica incompreensão da Sra. Khokhlakova.

Em A Idade da Razão***, Jean-Paul Sartre nos apresenta o pior tipo de pedido de empréstimo que pode ser feito: aquele que ocorre entre parentes; no caso, entre irmãos. O professor de filosofia Mathieu Delarue procura o irmão, Jacques, para que este lhe conceda 4.000 francos, a fim de poder pagar por um aborto, já que a namorada de Mathieu, Marcelle, estava grávida e, aparentemente, nenhum dos dois desejava que a gravidez prosseguisse. No romance, o professor de filosofia defende que o valor mais importante é a liberdade. Só que nessa passagem, pode-se perceber que essa liberdade tem diversos condicionantes, entre eles, possuir ou não dinheiro. Jacques chega a ser irônico diante das convicções de Mathieu: " - E há pior, você, que cospe na família, você se aproveita do parentesco para dar facadas. Sim, porque afinal não virias a mim se eu não fosse teu irmão." Nem preciso dizer que Jacques recusa o empréstimo, convicto de que faz um favor ao parente.

Mas é no comovente conto O pedido****, de Rubem Fonseca, que essa relação entre quem pode emprestar e quem necessita pedir é retratada de forma mais humanamente triste. Entre as duas personagens - Joaquim Gonçalves e Amadeu Santos - havia um desentendimento surgido por motivo banal e que será suficiente para que um decida acabrunhar ainda mais o outro, ambos homens já idosos. O empréstimo é recusado, por causa de uma pergunta inofensiva. Assim Fonseca termina o excelente conto:

"Eu não sabia... disse Amadeu tristemente. Antes um filho morto, ele pensou. E uma lágrima seca, feita quase somente de sal, escorregou do seu olho, uma lágrima pelo filho dele e pelo filho de Joaquim.
Quando viu a lágrima brilhante escorrendo lentamente pela face de Amadeu, Joaquim calou-se constrangido. Lentamente Amadeu levantou-se e, antes de sair caminhando com dificuldade, disse, adeus.
Joaquim ficou sentado um instante curto. Eu não sou essa pessoa, ele pensou envergonhado com a sua mesquinhez, e correu em direção à porta da rua gritando, Amadeu! Volta, eu te dou o dinheiro, volta!
Mas ao chegar à rua, ela estava deserta. Joaquim ainda gritou o nome do amigo algumas vezes, enquanto escorriam pelo seu rosto lágrimas abundantes e úmidas de homem gordo e forte."

Poucas coisas distanciam tanto um ser humano do outro quanto a quantidade de dinheiro que se tem ou que não se tem.

__________
ASSIS, Machado de. Papéis avulsos. São Paulo: Companhia Editora Nacional, 2005

** DOSTOIÉVSKI, Fiódor. Os Irmãos Karamazov. (trad. Natália Nunes e Oscar Mendes). São Paulo: Abril Cultural, 1970 (Coleção Os imortais da literatura universal)

*** SARTRE, Jean-Paul. A Idade da Razão. (trad. Sérgio Milliet) São Paulo: Abril Cultural, 1979

**** FONSECA, Rubem. Contos reunidos. São Paulo: Companhia das Letras, 1994

sexta-feira, 6 de fevereiro de 2009

Sorte


Se por algum motivo eu passasse a acreditar no sobrenatural, preocupar-me-ia, talvez, apenas com a existência ou não da sorte. Como as pessoas, de modo geral, desconhecem o que ocorre nos corredores das sedes dos governos, quais são os acordos secretos firmados de forma suspeita (para dizer o mínimo); como os indivíduos, precariamente protegidos e assistidos, ficam à mercê do que determinam os conglomerados empresariais e financeiros; como os cidadãos não detêm nenhum poder de influência na esfera pública, a não ser que estejam localizados no estrato mais alto da pirâmide social; como tudo isso nos pesa, a ocorrência da sorte, no meio desse desalento, torna-se uma conjetura, uma forma de lenitivo para o nosso mal-estar.

Afirmo que a sorte é um pensamento ilusório; contraditoriamente, contudo, aposto em loterias mantidas pela Caixa Econômica Federal, e de certa maneira, cultivo a ilusão. Essa crença absurda na sorte provoca situações extraordinárias.

E a Literatura não deixou de retratá-las.

Li, há algum tempo, um conto de D. H. Lawrence, chamado O campeão do cavalinho de balanço*. A narrativa conta a história do menino Paul que, obcecado por alcançar a sorte, ausente em sua família, segundo a mãe, lança mão de um expediente inacreditável.

NOTA: SE VOCÊ NÃO LEU ESTE CONTO, RECOMENDO NÃO PROSSEGUIR NESTA POSTAGEM, POIS REVELAREI PARTES SIGNIFICATIVAS DO ENREDO.
Na casa em que Paul vivia ouvia-se em todos os cantos um sussurro dizendo que " ' É preciso mais dinheiro! '. Entretanto, ninguém jamais dissera aquilo em voz alta. O sussurro estava por toda parte, e, portanto, ninguém o dizia. Assim como ninguém diz ' Estamos respirando ', apesar do fato de que a respiração está indo e vindo o tempo todo", escreve D. H. Lawrence.

Como a família de Paul precisava ostentar uma riqueza que não possuía, o menino resolve descobrir a causa de sua situação econômica:

"- Sorte é dinheiro, mamãe? - perguntou, com certa timidez.- Não, Paul. Não é bem isso. Sorte é o que nos faz ter dinheiro."

O garoto vai em busca da sorte, chegando a afirmar que Deus lhe disse que ele a tinha. Montado num cavalo de brinquedo, Paul corre em páreos imaginários, dos quais retorna com palpites certeiros para os vencedores das corridas hípicas de Londres.

Reúne uma pequena fortuna, mas os palpites deixam de vir. Dominado por um impulso febril, Paul tenta desesperadamente descobrir qual será o animal ganhador no Derby. A mãe, inquieta com o estado do filho, vai até o quarto dele, depois de voltar de uma festa. Deixemos o escritor expor a cena:

"O quarto estava escuro. Mesmo assim, no espaço próximo à janela, ela viu e ouviu alguma coisa balançando para frente e para trás. Olhou fixamente, com medo e surpresa.
Então de repente ela acendeu a luz e viu o filho, com seu pijama verde, balançando-se como um louco no cavalinho. A claridade da lâmpada iluminou-o de repente impelindo o cavalo de madeira, e iluminou-a, loura, em seu vestido verde claro bordado com cristais, parada no vão da porta.

- Paul! - exclamou ela. - O que você está fazendo?
- É Malabar! - gritou ele numa voz potente e estranha - É Malabar!

Seus olhos brilharam sobre ela por um estranho e insensato segundo, quando parou de impulsionar seu cavalo de madeira. Então caiu no chão com um estrondo, e ela, tomada por um atormentado instinto maternal, correu para levantá-lo".

O filho morreu tentando obter o dinheiro de que a família fazia questão - apesar de ter mais do que o suficiente para viver - através de seu inexplicável poder.

Este é um conto que classificaríamos como sendo do gênero "mistério" ou "horror", sem muita controvérsia: a antologia que o contém, inclusive, carrega uma dessas denominações. Nesse campo, não importa prender-se à realidade imediata. Ainda assim, essa narrativa diz muito a nosso respeito.

Mesmo que os contos tenham deixado para trás a preocupação moralizante que existia em sua origem há centenas de anos (vide as fábulas), nunca deixei de considerar muitos deles pequenas advertências ao leitor.

Acho que esse é o caso de O campeão do cavalinho de balanço.


* COSTA, Flávio Moreira da (Org.). Os melhores contos de medo, horror e morte. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 2005

terça-feira, 3 de fevereiro de 2009

Folha de árvore, folha de livro


Umberto Eco, há alguns anos, escreveu* que

"Até agora, os livros representam o modo mais barato, flexível e prático de transportar informação a um custo muito baixo. A comunicação por computador viaja à nossa frente; os livros viajam conosco e na nossa velocidade. Se somos náufragos numa ilha deserta, onde não temos a opção de ligar um computador na tomada, um livro ainda é um instrumento de muita valia [...] Livros pertencem a essa classe de instrumentos, que, uma vez inventados, não foram aprimorados, porque já estão bons o bastante, como o martelo, a faca, a colher ou a tesoura."

Apesar disso, a permanência do livro, como registro físico mais típico e simbólico do conhecimento humano acumulado, tem sido colocada em dúvida frequentemente, seja nas declarações de indivíduos com algum saber especializado, seja nas opiniões de senso comum.

Ao livro é garantida alguma perenidade? Penso que sim. Como observaram as professoras Ivete Walty e Maria Zilda Cury**:

"O livro manuseado por nós é, pois, um espaço que convida à descoberta, ao desafio da produção do conhecimento. Enquanto registramos, de inúmeras maneiras, as ideias que aí circulam, ele também recebe nossas marcas impostas pelo manuseio, traços, muitas vezes, de nossa relação afetiva: folhas gastas por repetidas leituras, anotações feitas nas margens revelando nossa forma de ler."

Sobre esse objeto tão característico de nossa cultura João Cabral de Melo Neto escreveu um de seus poemas mais bonitos***: Para a feira do livro, texto que integra o essencial A educação pela pedra (1966).

Em duas estrofes, compostas, cada uma, por doze versos, Melo Neto conjuga a dimensão material com as características mais subjetivas do livro, que acabam por torná-lo tão precioso àqueles que o valorizam.

No primeiro grupo de versos, o poeta apresenta-nos, arriscaria dizer, uma memória orgânica, natural do impresso:

"Folheada, a folha de um livro retoma
o lânguido e vegetal da folha folha,
e um livro se folheia ou se desfolha
como sob o vento a árvore que o doa;"

Mesmo a palavra (no caso, a linguagem) é naturalizada:

"folheada, a folha de um livro repete
fricativas e labiais de ventos antigos,
e nada finge vento em folha de árvore

melhor que vento em folha de livro."

Na segunda parte do poema, emocionante, o objeto é humanizado: modesto, paciente, severo são qualificativos que lhe são atribuídos. E Melo Neto ainda nos relembra que, mesmo com toda a sua força simbólica, como conjunto de signos a ser interpretado, o livro obriga o leitor a comportar-se ativamente diante dele; o livro "exige que lhe extraiam, o interroguem;/ e jamais exala: fechado, mesmo aberto."

* ECO, Umberto. Muito além da Internet. Folha de S. Paulo, São Paulo, 14 dez. 2003. Caderno Mais! p. 4-11

** WALTY, Ivete L. C. ; CURY, Maria Zilda F. Livro: objeto de desejo. Presença pedagógica, Belo Horizonte, v.2, n.12, p. 15-25, nov./dez. 1996

*** MELO NETO, João Cabral. A educação pela pedra e depois. Rio de Janeiro: Nova Fronteira, 1997