No último sábado estava no Bar do Dinei por ocasião do Dia Mundial do Rock. Ouvimos alguns discos do gênero, vários pertencentes à minha pequena coleção. Em certo momento, alguns fregueses e eu começamos a jogar conversa fora, falando sobre "os melhores de todos os tempos", etc., etc.... Não sei exatamente os detalhes do papo - naquela noite bebi muita cachaça - mas acordei pela manhã disposto a escrever sobre 10 discos de rock.
Não são aqueles que considero os melhores, embora haja pelo menos dois na minha listinha cujo valor musical e histórico, acho, seria suficiente para figurar num ranking desse tipo. São apenas aqueles que mais ouço, habitualmente. Para se ter uma ideia, incluí um disco do Led Zeppelin, mas não é nem o Led Zeppelin II nem o Physical Graffiti - os preferidos da crítica; e listei um trabalho dos Rolling Stones, mas não é Exile on main street - considerado um marco na carreira da banda.
São apenas os álbuns que mais ouço. E, principalmente, escuto daquele modo mencionado pelo Chico César e já comentado aqui. Relembrando: o compositor e cantor paraibano dissera numa entrevista que, enquanto se está varrendo a casa, é natural ficar ouvindo um bom disco, distraidamente. Por essa razão, não coloquei na lista Highway to hell, do AC/DC, por exemplo, pois costumo ouvi-lo andando de um lado pra outro (me ajuda a pensar em problemas a resolver). Nem aparecerão aqui OK Computer, do Radiohead; The wall, do Pink Floyd; ou Undertow, do Tool. Gosto de ouvir esses e outros álbuns deitado na cama, chapado, atentando para os detalhes de cada faixa.
Pois bem, falarei dos 10 discos de rock mais tocados no meu CD-player enquanto faço faxina, lavo roupa ou preparo o almoço. E o primeiro deles é Paranoid, do Black Sabbath, lançado em 1970 (e que também já possuí uma cópia em vinil).
War pigs - Não poderia ter uma faixa de abertura melhor. Canção - como várias do período - cujo tema é a Guerra do Vietnã. Essa música tem as principais características da banda inglesa: crueza nos arranjos e o modo bruto como seus integrantes tocam (embora o guitarrista Tony Iommi tenha "se permitido" algumas sofisticações e firulagens em trabalhos ulteriores do grupo). Já foi regravada pelo Faith no More.
Paranoid - Como muitos já disseram, a faixa-título é "protopunk". Rápida, curta, na medida. Já foi regravada pelo Megadeth.
Planet caravan - A típica canção "viajandona" dos anos 1960/70. Adoro essa faixa. Foi regravada - surpreendentemente, aliás - pelo Pantera.
Iron man - Para mim, até hoje, o principal hino do heavy metal.
Eletric funeral - A letra dessa canção, apesar de pueril, é uma visão futurista - e pessimista - da humanidade, num mundo de "robot minds of robot slaves".
Hand of doom - Minha faixa preferida. Também tematiza a Guerra do Vietnã. É uma porrada, pra ouvir até sair fumaça pelas orelhas.
Rat salad - Faixa instrumental que soa fora de lugar no disco de uma banda que não primava exatamente pela qualidade técnica de seus membros...
Fairies wear boots - Das músicas mais esquisitas do Black Sabbath. Mas isso não é um defeito.
Na próxima postagem, Houses of the holly, do Led Zeppelin.
Não são aqueles que considero os melhores, embora haja pelo menos dois na minha listinha cujo valor musical e histórico, acho, seria suficiente para figurar num ranking desse tipo. São apenas aqueles que mais ouço, habitualmente. Para se ter uma ideia, incluí um disco do Led Zeppelin, mas não é nem o Led Zeppelin II nem o Physical Graffiti - os preferidos da crítica; e listei um trabalho dos Rolling Stones, mas não é Exile on main street - considerado um marco na carreira da banda.
São apenas os álbuns que mais ouço. E, principalmente, escuto daquele modo mencionado pelo Chico César e já comentado aqui. Relembrando: o compositor e cantor paraibano dissera numa entrevista que, enquanto se está varrendo a casa, é natural ficar ouvindo um bom disco, distraidamente. Por essa razão, não coloquei na lista Highway to hell, do AC/DC, por exemplo, pois costumo ouvi-lo andando de um lado pra outro (me ajuda a pensar em problemas a resolver). Nem aparecerão aqui OK Computer, do Radiohead; The wall, do Pink Floyd; ou Undertow, do Tool. Gosto de ouvir esses e outros álbuns deitado na cama, chapado, atentando para os detalhes de cada faixa.
Pois bem, falarei dos 10 discos de rock mais tocados no meu CD-player enquanto faço faxina, lavo roupa ou preparo o almoço. E o primeiro deles é Paranoid, do Black Sabbath, lançado em 1970 (e que também já possuí uma cópia em vinil).
Faixa a faixa:
War pigs - Não poderia ter uma faixa de abertura melhor. Canção - como várias do período - cujo tema é a Guerra do Vietnã. Essa música tem as principais características da banda inglesa: crueza nos arranjos e o modo bruto como seus integrantes tocam (embora o guitarrista Tony Iommi tenha "se permitido" algumas sofisticações e firulagens em trabalhos ulteriores do grupo). Já foi regravada pelo Faith no More.
Paranoid - Como muitos já disseram, a faixa-título é "protopunk". Rápida, curta, na medida. Já foi regravada pelo Megadeth.
Planet caravan - A típica canção "viajandona" dos anos 1960/70. Adoro essa faixa. Foi regravada - surpreendentemente, aliás - pelo Pantera.
Iron man - Para mim, até hoje, o principal hino do heavy metal.
Eletric funeral - A letra dessa canção, apesar de pueril, é uma visão futurista - e pessimista - da humanidade, num mundo de "robot minds of robot slaves".
Hand of doom - Minha faixa preferida. Também tematiza a Guerra do Vietnã. É uma porrada, pra ouvir até sair fumaça pelas orelhas.
Rat salad - Faixa instrumental que soa fora de lugar no disco de uma banda que não primava exatamente pela qualidade técnica de seus membros...
Fairies wear boots - Das músicas mais esquisitas do Black Sabbath. Mas isso não é um defeito.
Na próxima postagem, Houses of the holly, do Led Zeppelin.