Havia prometido a mim mesmo falar mais de poesia e de Literatura Infantil e Juvenil durante este ano. Não tenho cumprido a promessa a contento, principalmente em se tratando da produção editorial voltada para crianças e adolescentes. Portanto, escolhi três títulos dos quais gosto muito - e mais à frente, em outras oportunidades, adotarei o mesmo procedimento - para compor pequenos "flashes" sobre eles.
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2) No prefácio de Lendas Negras (Editora FTD, 2001 - ilustrações de Salmo Dansa), Júlio Emílio Braz chama a atenção para um fato:
Por isso, o escritor decidiu, através de 8 narrativas, dar sua contribuição na tentativa de equilibrar um pouco essa balança. Já adaptei três dessas lendas, divulgando-as por meio da contação de histórias: Tsui'goab ou A batalha contra a Morte (de origem kói, povo que habita parte do deserto do Kalahari); minha preferida, Kigbo e os espíritos do mato (ioruba "de nascença"); e A viúva velha (da tradição quimbunda). Apresentei esta última a estudantes matriculados na EJA (Educação de Jovens e Adultos) e ela "funcionou" muito bem.
3) Na opinião (abalizada) de Ana Maria Machado, "Graciela Montes é a maior autora argentina de literatura infanto-juvenil". Esse juízo tão favorável deve ter sido decisivo para que a escritora brasileira realizasse a tradução de Outroso: um outro mundo (Editora Salamandra, 2006 - 3ª edição).
Logo na segunda página, o narrador observa que : "ler um livro não tem que ser tão fácil assim..." Prenúncio de que Outroso escapará dos lugares-comuns típicos desse gênero de Literatura? Não e sim. Não, porque se vale das quase onipresentes turmas (até compreensível, trata-se de um livro direcionado a adolescentes). E sim, pelo modo como discute, por exemplo, a "oposição" entre os muito jovens e os "Velhos" (todos os adultos), assim como as maneiras de escapar dos grupos que implantam e disseminam a violência organizada dentro da sociedade (representados pela temível "Patota"). E há também uma indisfarçável referência ao período da ditadura militar argentina.
"Sem procurar muito, até hoje é bem mais fácil encontrar livros com lendas europeias, vikings, celtas, russas, japonesas. Nada contra. O homem é a somatória de suas experiências e de tudo o que lê. Quanto maior e mais diversificada sua leitura, melhor. De qualquer forma, a máxima não se aplica às lendas, histórias e culturas africanas".
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Logo na segunda página, o narrador observa que : "ler um livro não tem que ser tão fácil assim..." Prenúncio de que Outroso escapará dos lugares-comuns típicos desse gênero de Literatura? Não e sim. Não, porque se vale das quase onipresentes turmas (até compreensível, trata-se de um livro direcionado a adolescentes). E sim, pelo modo como discute, por exemplo, a "oposição" entre os muito jovens e os "Velhos" (todos os adultos), assim como as maneiras de escapar dos grupos que implantam e disseminam a violência organizada dentro da sociedade (representados pela temível "Patota"). E há também uma indisfarçável referência ao período da ditadura militar argentina.
BG de Hoje
Um furacão renovador. Assim eu definiria o aparecimento de CHICO SCIENCE E NAÇÃO ZUMBI no cenário musical do Brasil. No vídeo, a versão de Todos estão surdos (de Roberto Carlos). Impressiona-me a qualidade do guitarrista Lúcio Maia. OBS: É a apresentação do grupo no Hollywwod Rock de 1996.